sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Estrutura de carbono mais dura que diamante é descoberta

Substância foi capaz de riscar uma bigorna formada pela pedra preciosa.



O que o diamante, a grafite e o carvão têm em comum? Todas essas substâncias são constituídas de carbono. Mas o que faz do diamante a substância natural mais dura conhecida é como seus átomos estão estruturados em sua forma cristalina.

O carbono é o quarto elemento mais abundante no universo e assume uma ampla variedade de formas: o grafeno (com átomos organizados como favos de mel), o grafite do lápis, diamante, os nanotubos cilindricamente estruturados e as esferas ocas chamados de fulerenos.

Algumas formas de carbono são cristalinos (como a do diamante), o que significa que a estrutura é organizada em formatos que se repetem em unidades atômicas. Outras são amorfas, o que significa que a estrutura não tem a ordem dos cristais.

Lin Wang (esq.) e Wenge Yang (dir.)
Produtos híbridos, que combinam tanto a forma cristalina quanto a amorfa ainda não haviam sido observadas, embora os cientistas acreditavam que poderiam ser criados. Todavia, cientistas da Instituição Carnegie, nos EUA, descobriram uma nova forma de carbono ainda mais dura do que o diamante.

Ao ser sintetizada, a nova substância riscou o diamante da bigorna usada no experimento.Depois de estudar o material, Lin Wang e seus colegas concluíram que ele é formado por uma mistura de fases cristalina e amorfa.

Esta é a primeira vez que se observa uma estrutura híbrida de carbono, misturando uma bem ordenada fase cristalina com aglomerados amorfos, seções onde os átomos não seguem um padrão regular.

Os cientistas começaram o experimento com o carbono-60, também conhecido como buckball, uma estrutura oca formada por 60 átomos de carbono constituindo uma espécie de gaiola.

Um solvente orgânico, o xileno, foi colocado nos espaços entre as bolas formando uma nova estrutura. Em seguida, uma forte pressão foi aplicada a esta combinação de gaiolas de carbono e solventes, para ver como ele reagia sob tensões diferentes.

A uma pressão relativamente baixa, a estrutura de gaiola do carbono-60 permaneceu. Mas à medida que a pressão aumentava, as estruturas de gaiola começavam a entrar em colapso criando mais aglomerados de carbono amorfo. No entanto, os aglomerados amorfos ainda ocupavam seus locais originais, formando uma estrutura em treliça.

A equipe descobriu que existe uma estreita janela de pressão, a cerca de 320.000 vezes a atmosfera normal, em que essa nova estrutura de carbono é criada e não retorna a estrutura de gaiola, quando a pressão é removida.

Isso é crucial para encontrar aplicações práticas para o novo material no futuro.

Este material foi capaz de riscar a bigorna de diamante super puro usada para criar as condições de alta pressão. Isto significa que o material é extremamente duro.

Se o solvente utilizado para preparar as novas formas de carbono é removido por tratamento térmico, o material perde a sua estrutura peculiar, indicando que o solvente é crucial para manter a transição química que está na base da nova estrutura.

Criamos um novo tipo de material de carbono, que é comparável à do diamante em sua incapacidade de ser comprimido. Uma vez criado sob pressões extremas, este material pode existir em condições normais, o que significa que pode ser utilizado para uma grande variedade de aplicações práticas.Disse Lin Wang


Uma vez que existem muitos solventes semelhantes, é teoricamente possível que uma gama de estruturas de carbono semelhantes, mas um pouco diferente, possam ser criadas usando este método de pressão.

O cristal de diamante puro, usado para pressionar a amostra, foi riscado por ela.

O novo material tem um variado campo potencial de aplicações, nas áreas de mecânica, eletrônica e eletroquímica. O trabalho foi publicado na revista Science em 17 de agosto.
Fonte: Instituto Carnagie
Explosão de mina de carvão mata 26 pessoas na China
Vinte e uma pessoas permanecem soterradas
Trabalhador caminha em mina de Sichuan, na China, em 2009
Trabalhador caminha em mina de Sichuan: ao menos 150 mineiros trabalhavam na mina


Vinte e seis pessoas morreram e 21 permanecem soterradas após uma explosão no interior de uma mina de carvão na província de Sichuan, no sudoeste da China, informou nesta quinta-feira a agência de notícias 'Xinhua'.

De acordo com a fonte estatal, o acidente aconteceu ontem na mina de Xiaojiawan, na cidade de Panzhihua. No momento da explosão, 154 trabalhadores estavam no interior da mina, sendo que 107 conseguiram ser resgatados.

Os feridos foram transferidos aos hospitais da região, enquanto o dono da mina, que está sob custódia policial, aguarda as investigações sobre a causa da explosão. Neste momento, as equipes de resgate ainda buscam possíveis sobreviventes.

A mina, que pertence à companhia 'Zhengjin Industry and Trade Co. Ltd.', está situada em Panzhihua, a 750 quilômetros ao sudoeste de Chengdu, capital provincial de Sichuan.

A cada ano, mais de 3 mil trabalhadores morrem nas minas chinesas, especialmente nas dedicadas à extração de carvão, principal fonte de energia da segunda economia mundial.
coomigasptocantins1.blogspot.com
Mineração: indústria da vez, mas com muitos desafios e obstáculos a enfrentar

Depois de muito se falar e discutir sobre o mercado de Petróleo e Gás no Brasil, o setor de mineração está ganhando um lugar de destaque na economia brasileira. Este é o segmento privado que mais se investe no Brasil de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Segundo o orgão, a indústria será responsável, até 2015, pelo investimento recorde no País de mais de U$$ 68 bilhões, Esse maior interesse por projetos minerais tem como pano de fundo o cenário de demanda aquecida que vem sendo puxada por alguns fatores: aumento da população mundial, crescimento da economia dos países que fazem parte do bloco dos BRICS, a demanda em alta por investimentos em infraestrutura e grandes projetos ligados, principalmente, à realização no Brasil da Copa do Mundo de Futebol e das Olimpíadas.

Nessa indústria, que está se fortalecendo cada vez mais, o minério de ferro se apresenta como principal produto a receber os investimentos previstos para mineração, em função principalmente do apetite chinês que mesmo mostrando sinais de diminuição ainda é responsável por grande parte das exportações brasileiras. O Ibram prevê que serão aplicados neste segmento cerca de US$ 45 bilhões nos próximos cinco anos, ou seja, mais de 60% do total de investimento previsto. Esse investimento deve elevar em 112% a produção de minério de ferro de 2012 a 2015, chegando a 787 milhões de toneladas no período. Além da China, também procuram por commodities minerais os países em desenvolvimento como o Japão, que terá que aumentar a demanda de minério em função do processo de reconstrução pelo qual passa o país, após os danos provocados por terremoto seguido de tsunami em março de 2011. Já a demanda doméstica também deve se manter aquecida nos próximos anos em razão do desenvolvimento de programas de infraestrutura e da implantação de grandes projetos ligados, principalmente, à realização no Brasil da Copa do Mundo de Futebol e das Olimpíadas.

Este cenário de elevada demanda da indústria de mineração contribui para que o setor continue apresentado não somente bons resultados ao País, mas também uma longa lista de desafios e gargalos pela frente que limitam ainda mais o crescimento da indústria. Entre eles estão a dificuldade na obtenção de licenças ambientais, a demora na entrega de equipamentos e a relação com a cadeia produtiva. Além disso, as companhias que atuam no setor terão de demonstrar habilidade para negociar com os clientes num cenário de volatilidade de preços gerada pela crise financeira global e saber lidar com a competitividade por preços menores do minério da China, um gigante asiático no setor. Vale a pena citar também o gargalho que existe no Brasil em relação à Logística. Esse ponto é um desafio para o País já que os custos logísticos muitas vezes inviabilizam alguns projetos de mineração. A realidade de hoje é que existe a necessidade de maior investimento em infraestrutura logística brasileira (portos e ferrovias, entre outros), além da questão da competitividade do preço do minério no mercado asiático frente ao minério oriundo da Austrália, em função da proximidade entre eles.

Em uma área que tem um déficit de centenas de engenheiros e de técnicos, a falta de mão de obra e a limitada qualificação dos profissionais para atuarem nessa atividade são outros obstáculos no cotidiano das mineradoras, e estão entre as questões mais urgentes a serem resolvidas pelas companhias. A escassez de trabalhadores e as carências em baixa capacitação se tornaram uma dor de cabeça para a indústria. Dados da Confederação Nacional da Indústria mostram que o País forma hoje cerca de 30 mil engenheiros por ano, um número muito inferior se compararmos à Rússia, que coloca no mercado 120 mil profissionais dessa área, à Índia, que dispõe de 190 mil, e à China, que tem diplomado cerca dez vezes mais engenheiros que o Brasil.

Outro fator, não menos importante que os anteriores, é o investimento em pesquisa mineral no País, considerado por muitos especialistas como escasso. A não realização da chamada pesquisa geológica básica do solo brasileiro, que tem o potencial de indicar o potencial de descoberta de minerais, pode reduzir e até afastar o interesse de empresas estrangeiras em instalar e investir no País. Cerca de 20% do território brasileiro tem cobertura numa escala que permite identificar a presença de jazidas.

Não podemos esquecer que para superar estes e outros obstáculos ainda há muito a ser discutido e implantado no setor, com a criação de órgãos de regulamentação e de fiscalização, como o Conselho Nacional de Política Mineral, a Agência Nacional de Mineração e o Marco Regulatório da Mineração. A discussão passa ainda pela implantação e consolidação da política para a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais, chamada também de royalties da mineração. Todas essas ações estão previstas no Plano Nacional de Mineração 2030, lançado pelo Governo Federal, e que tem como objetivo garantir uma indústria forte e competitiva e que norteará o setor mineral brasileiro nos próximos 20 anos.

De qualquer forma, apesar da aparente desaceleração do mercado chinês e da crise européia o setor ainda se mostra aquecido. É a hora, portanto, do fortalecimento da indústria no Brasil e consolidação da atividade para garantir um lugar de destaque no cenário mundial. Por isso, as mineradoras precisam estar preparadas para enfrentar esses e outros desafios que ainda virão e ficar atentas para não perder os benefícios que o desenvolvimento trará a rebote.
*Diretor de Desenvolvimento de Negócios para o setor de Mineração da KPMG no Brasil
Rio Vale Jornal
Fonte: Ibram

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Novo material extrai urânio da água do mar

O novo material traz também esperanças para a reciclagem do lixo eletrônico, uma verdadeira mina de metais e outros elementos. 
                                                                                
mineração líquida

A mesclagem de um composto adsorvente com fibras de polietileno muito finas resultou em um material capaz de extrair seletivamente metais dissolvidos na água.

Os cientistas do Laboratório Nacional Oak Ridge, nos Estados Unidos, testaram o material para extrair nada menos do que urânio da água do mar.

O novo material, batizado de HiCap, superou largamente todos os adsorventes existentes - adsorção é a retenção de moléculas, átomos ou íons, por um material sólido.

Além de viabilizar essa "mineração líquida", os cientistas afirmam que o material poderá ter aplicação na remoção de poluentes e metais pesados de águas poluídas.

Urânio no mar

"Nós demonstramos que nossos adsorventes podem extrair de cinco a sete vezes mais urânio, em uma velocidade sete vezes maior do que os melhores adsorventes do mundo," disse Chris Janke, um dos inventores do material.

Segundo ele, isso traz esperanças de alimentar reatores nucleares com urânio coletado a partir da água do mar.

Estima-se que haja 4,5 bilhões de toneladas de urânio dissolvidos na água do mar.

Embora a concentração do elemento nos oceanos seja de apenas 3,2 partes por bilhão, há urânio dissolvido suficiente para alimentar todos os reatores nucleares do mundo por 6.500 anos - caso não sejam todos desativados antes.

Adsorvente seletivo

O material é feito de fibras muito finas, resultando em áreas superficiais muito grandes, o que é importante para entrar em contato com o maior volume possível de água.

"Nosso adsorvente é feito submetendo as fibras de polietileno a uma radiação ionizante, e então fazendo essas fibras pré-irradidas reagirem com compostos químicos que têm uma forte afinidade com o metal que se quer coletar," explicou Janke.

Após a coleta, o metal é retirado do adsorvente usando um método simples, de precipitação em solução ácida.

O material pode ser reutilizado, mediante um tratamento com hidróxido de potássio. Metais do mar e do lixo eletrônico

Nos testes, o material coletou 146 gramas de urânio por quilograma, mas partindo de soluções bem mais concentradas do que a água do mar, contendo 6 partes por milhão de urânio. O melhor resultado obtido anteriormente era de 22 gramas por kg.

Pesquisadores de vários países trabalharam por décadas em busca de tecnologias para extrair urânio da água do mar. Mas esta talvez ainda não seja a solução ideal: os pesquisadores calcularam que 1 kg de urânio extraído da água do mar por esse processo custaria US$660, cerca de cinco vezes mais caro do que o mineral extraído das minas terrestres convencionais.

Ainda assim, o material poderá ter outros usos. Mesmo não tendo sido testado especificamente para esse fim, o novo material traz também novas esperanças para a reciclagem do lixo eletrônico, uma verdadeira mina de metais e outros elementos, mas cuja extração, a partir dos produtos eletrônicos descartados, ainda é tecnicamente inviável.
Fonte: Redação do Site Inovação Tecnológica 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012


ALL Ore conclui estudos em projeto na Paraíba

 

A ALL Ore Mineração, companhia controlada por investidores alemães, anunciou hoje a conclusão dos estudos de geoquímica e geofísica do projeto Igaracy, localizado na Paraíba.

Segundo fato relevante divulgado pela empresa, nos estudos de sedimentos de corrente foram encontrados resultados anômalos em ouro ao longo de 24 quilômetros, sendo identificados seis alvos a serem pesquisados.

Em função dos resultados obtidos, a ALL Ore diz planejar o início da campanha de sondagem nos próximos meses.
Fonte: Valor Econômico

Bactéria que 'come' cobre pode dar R$ 2,8 bilhões para Vale 

 


A Vale desenvolve, em parceria com a USP, uma tecnologia para identificar bactérias e fungos capazes de "comer" cobre para, no futuro, aproveitar economicamente os rejeitos produzidos no beneficiamento do mineral e absorvidos por esses micro-organismos. 

O projeto conta com financiamento não reembolsável (a fundo perdido) de R$ 12 milhões do BNDES e contrapartida de R$ 3 milhões da Vale. A pesquisa está em curso na barragem de rejeitos da mina de Sossego, em Carajás (PA). 

Nessa espécie de lago onde são depositadas as sobras do processamento do cobre, há 90 milhões de toneladas de detritos -nelas, há teor residual de 0,07% de cobre. 

Ao preço atual do metal, a Vale teria receita bruta (sem descontar as despesas) extra de US$ 1,4 bilhão (R$ 2,8 bilhões) com o aproveitamento dos resíduos da barragem -mais do que a companhia investiu, de 1997 a 2004, para colocar a mina em operação (R$ 1,2 bilhão).

  

"Será uma tecnologia revolucionária para o mundo da mineração. O aproveitamento do cobre será muito maior do que hoje", disse Eugênio Victorasso, diretor de operações de cobre da Vale. 

Até a viabilidade econômica do projeto, porém, ainda há um longo percurso. A primeira etapa é identificar a bactéria ou fungo ideal para "comer" o cobre, com capacidade para absorver o maior volume possível do metal. 

Já foram coletadas 35 amostras de micro-organismos na própria barragem de rejeitos, mas os 20 pesquisadores da Engenharia Química da USP envolvidos na pesquisa voltarão ao local em busca de mais amostras de bactérias e fungos, a fim de aumentar as chances de selecionar os melhores. 

Na segunda fase, a pesquisa se voltará ao desenvolvimento de um processo para retirar dos micro-organismos o cobre absorvido por eles, o que permitirá o aproveitamento comercial do produto. 

Para Victorasso, porém, a etapa de seleção das bactérias é a mais importante e a mais difícil. O segundo passo, diz, é "uma consequência natural" do primeiro. 

Se tiver êxito, será a primeira iniciativa no mundo a viabilizar economicamente os rejeitos da mineração e beneficiamento do cobre. 

O metal é raro na natureza. Em uma tonelada de minério extraída, só existe de 0,9% a 1,5% de cobre puro. Na mina da Vale, o percentual é de 1%. Por isso, o metal é valorizado: a tonelada é cotado na faixa de US$ 7.600. 

A cada ano, a Vale extrai 13 milhões de toneladas de minério bruto (com cobre contido) da mina no Pará. Para abrigar o detrito, a Vale está aprofundando em quatro metros a barragem de rejeito.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Software - MINEINSIDE



Institucional

A MineInside é uma empresa voltada para o desenvolvimento de softwares e plataformas de integração de dados para gestão em atividades de mineração. Dedica-se também à customização e aperfeiçoamento dos softwares para adequação às diferentes necessidades de diferentes minas. A empresa foi comprada pelo grupo Devex no início de 2011.

Produto

MineInside é um software desenvolvido para gestão de operação integrada que une sistemas de operação, planejamento, qualidade e manutenção, permitindo a análise e reconstituição dos cenários de operação de lavra em uma plataforma intuitiva.


A partir da integração dos sistemas já implantados na mina, MineInside tem a capacidade de gerenciar informações topográficas, layers GIS, dados de qualidade, planejamento e múltiplos bancos de dados, como sistemas de telemetria e de despacho. BenefíciosSem similar no mercado, o MineInside utiliza, pela primeira vez no mundo, a realidade virtual no setor de mineração. O que faz do software único é sua capacidade de cobrir, em detalhes e em tempo real, uma área extensa, complexa e acidentada como a de uma mineração. Seus benefícios diretos são:

>Acompanhamento da produção e apoio à tomada de decisão;
>Possibilitar a identificação de problemas e oportunidades de melhoria;>Melhor >acompanhamento da execução do plano de lavra;
>Possibilitar a reconstituição de cenários antigos e de acidentes;
>Tornar o processo de cognição mais rápido e simples;
>Monitoramento da disponibilidade do sistema de GPS;
>Desenvolvimento de novas tecnologias para melhorias no processo de mineração.


Os videos abaixo mostram o grau de realismo desse software:
 

 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Vagas - Técnico de Mineração


Empresa prestadora de serviços onshore e offshore de levantamentos geofísicos, diagnósticos ambientais e geotécnicos para a indústria petrolífera e mineral contrata:


Técnico de Mineração


Curso Téc. concluído em Mineração. Vivência em checagem de serviços de sondagem; amostragem; mapeamento de campo junto ao Geólogo responsável; conferência de dados; participação no processo de escavação. Total disp. para trabalhar em Regime de trabalho de Campo nos projetos. Encaminhar CV: deborapsic@yahoo.com.br até o dia 31/08/2012 contendo no campo assunto:Téc. de Mineração.
Fonte: engenhariademinasminasnews
Hotel paranaense terá que pagar União por exploração indevida de água mineral

O Hotel Anila Thermas, de Francisco Beltrão (PR), foi condenado, nesta semana, (23/08) a indenizar a União por ter extraído água mineral sem a autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). A decisão foi da 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
 

O Anila disponibilizava piscinas de águas minerais termais para banho aos hóspedes, retirando o mineral de um aquífero subterrâneo. A Constituição Federal reserva à União o domínio sobre jazidas, minas e demais recursos minerais, nos quais se incluem as águas minerais. “Configurado está o ilícito, que inclusive constitui o crime de usurpação de mineral”, diz a decisão.

Conforme a defesa do hotel, o proprietário não tinha conhecimento da necessidade de autorização por parte da União e alegou que achava ser suficiente a licença obtida junto ao Instituto das Águas do Paraná (SUDERHSA).

Conforme o relator do processo no tribunal, desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, a alegação de desconhecimento da lei não é suficiente, visto que, segundo Lenz, nas portarias de licenciamento expedidas pela SUDERSHA consta expressamente que esta não substitui alvarás, certidões ou licenças exigidas pela legislação federal, estadual ou municipal.

O hotel deverá pagar o valor equivalente à exploração ilícita de água mineral, cerca de R$ 248 mil até setembro de 2010 - quando paralisou suas atividades de exploração da água -, mais o valor devido a título de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Naturais (CFEM). O cálculo leva em conta apenas a extração realizada nos últimos cinco anos, restando prescritos os valores anteriores.
Serra Pelada e vidas perdidas em nome do ouro

Quando os colonizadores espanhóis chegaram à América no século XV, os índios espalharam boatos de que, perdida na selva, havia uma cidade cheia de riquezas, com construções cobertas de ouro maciço. Desde então, centenas de exploradores, ao longo dos séculos, morreram na busca do mito do Eldourado ou El Dorado. Entre fevereiro e março de 1980, mais de 60 mil homens se embrenharam na Amazônia na esperança de encontrarem algo próximo à cidade perdida. Para muitos, uma viagem sem volta. 



Serra Pelada, a cerca de 35 quilômetros do município de Curianópolis, no sul do Pará, foi o destino escolhido por desbravadores modernos que apostaram a vida na esperança de enriquecerem instantaneamente. Considerado na época o maior garimpo a céu aberto do mundo, foram retiradas oficialmente cerca de 30 toneladas do metal precioso da cratera. Um peso pequeno comparado às angústias soterradas de milhares de trabalhadores que, ao invés de acharem ouro, perderam suas fantasias no garimpo.
 







 Uma história tão rica que será plano de fundo de um filme que está sendo rodado este ano, do diretor Heitor Dhalia, protagonizado pelo ator baiano Wagner Moura. José Henrique Silva, 55 anos, conta que em 1984 ressuscitou para a família depois de um desabamento em Serra Pelada: “Foi um acidente muito grande. Morreram 19 homens, uma correria só. Um deles se chamava José Henrique Silva e morava na mesma região que eu. Só tinha uma cabine telefônica e todo mundo foi lá mandar notícias pra família, ficou uma fila quilométrica. A televisão noticiava toda hora. Fiquei a tarde toda tentando ligar e não consegui. Peguei um pau-de-arara e voltei pra casa pra avisar que eu tava vivo”.

Dois dias depois de tranquilizar os parentes em Axixá do Goiás, seu Henrique, como é
mais conhecido, já estava de volta ao garimpo, onde ficou entre 1982 e 1984, guiado pela esperança de “bamburrar”: encontrar ouro na gíria dos garimpeiros.

“Era um sacrifício entrar lá sem carteirinha. Quem era clandestino, como eu, tinha que entrar à noite, pelo meio do mato. Lá ninguém roubava ninguém. Tudo era vigiado pela Polícia Federal, quem comandava era o [Sebastião] Curió. Faziam a partilha de dinheiro em montes, como se fossem montes de mandioca”, relembra seu Henrique, que já esteve em garimpos no Mato Grosso, em Tucumã e até explorando a Serra dos Carajás. 


“Eu nunca tive coragem de descer aquele buraco. Tinha mais de 180 metros de profundidade. Era uma multidão subindo e descendo as escadas. Elas eram chamadas ‘adeus, mamãe’ porque muita gente caia de lá. Aquilo era absurdo. As escadas tinham mais ou menos um metro de largura e muitos caras empurravam quem tava do lado só pra pessoa cair. No garimpo valia a lei do cão”, explica seu Henrique.

Nos garimpos, o explorador contraiu malária e deles trouxe na bagagem mais histórias do que ouro. Hoje, seu Henrique mora com a família na Cidade Nova, em Ananindeua, e trabalha na construção civil. Está oficialmente aposentado das aventuras do tempo em que presenciava homens empobrecerem e enriquecerem com a mesma velocidade que acumulavam 180 quilos de ouros.

Raimundo da Cruz Neto, sociólogo e pesquisador especialista em conflitos na Amazônia, explica que os problemas sociais causados pela superpopulação na localidade do “Trinta”, que hoje é Curionópolis, só foram sentidas anos após o fim de Serra Pelada. “Depois que vão apurar os impactos do problema, é que vai aparecer a pobreza, a miséria. Havia muitos grupos diferentes, disputas de interesse, muita politicagem. Por isso aquela região é um dos maiores focos de reacionismo do país até hoje”, fala Raimundo.

A produção mineral decaiu com o passar dos anos e, em 1992, o presidente Fernando Collor de Mello ordenou que Serra Pelada fosse oficialmente selada. A empresa Vale do Rio Doce, estatal que tinha os direitos sobre a área, foi indenizada e permaneceu com a concessão até 2007. Foi neste ano que o Ministério das Minas e Energia persuadiu a mineradora a ceder 700 hectares da área à Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) para exploração mineral.

Trinta anos depois, após escândalos de corrupção recentes, a nova diretoria da Coomigasp trabalha para fazer Serra Pelada renascer sob a terra. Ao lado do grande garimpo que começou a ser aberto em 80, surge uma mina com um aspecto bem diferente do lugar que ficou conhecido como “formigueiro humano”. Ao contrário da exploração artesanal na superfície, a nova Serra Pelada é totalmente mecanizada e subterrânea. 


Fruto de uma aliança entre a Coomigasp e a empresa de mineração Colossus, do Canadá, a Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral (Spcdm), segundo sua assessoria de imprensa, segue padrões de segurança do trabalho internacionais. A prospecção mineral, prevista para começar ano que vem, será realizada em uma mina de, pelo menos, 400 metros de profundidade, o equivalente a um prédio de 120 andares. Mais trinta toneladas de ouro, além de metais como platina e paládio, devem ser retirados da terra. Há promessa de que a população local seja beneficiada com o empreendimento.
Fonte: Diário do Pará
Ouro continua a atrair alguns grandes investidores


O ouro tem tido um desempenho ruim este ano, mas alguns fãs importantes dizem que o futuro do metal é brilhante.


Depois de subir a um recorde no ano passado, os preços do ouro caíram 13%. Houve uma pequena recuperação em 2012, mais o ouro ficou atrás das ações e de algumas outras commodities.


Alguns investidores, no entanto, incluindo a Pacific Investment Management Co. e os famosos diretores de fundosde hedge John Paulson e George Soros estão redobrando suas apostas em ouro, enquanto outros alardeiam previsões otimistas.


Eles citam uma ameaça contínua das turbulências financeira na Europa, a perspectiva de estímulo monetário adicional pelas autoridades dos Estados Unidos, que poderia corroer o valor do dólar e impulsionar o ouro, e o risco de que a inflação possa voltar.


Cada um desses cenários beneficiaria o ouro, que muitas vezes funciona como um refúgio da crise, e manteria seu valor em tempos de inflação.


Uma prova disso é que na quarta-feira, o ouro subiu quase 1% no pregão eletrônico após a divulgação das minutas da reunião de política monetária mais recente do Federal Reserve, na qual o Fed, o banco central americano, indicou que está se inclinando para uma nova rodada de flexibilização quantitativa. Muitos investidores preveem que ela pode ser anunciada já no mês que vem.


A Pacific Investment Management Co., ou Pimco, a maior gestora de fundos de títulos de dívida do mundo, aumentou recentemente seus investimentos em ouro no fundo de US$ 21 bilhões CommodityRealReturn Strategy, de 10,5% do total de ativos há dois meses para 11,5%, de acordo com Nicholas Johnson, cogestor do fundo. A Pimco prevê que a inflação americana começará a subir em cerca de um ano e que o ouro será um beneficiário.


"De um modo geral, preferimos ter ativos reais em vez de ativos financeiros", disse Johnson. Johnson acrescentou que seu fundo comprou ouro quando o preço do metal caiu e chegou perto de US$ 1.500 a onça.


Ontem, em Nova York, o ouro subiu 2% e fechou a US$ 1,669.60 a onça. Este ano a alta está em torno de 5%.


O recorde histórico do ouro, de US$ 1.888,70 a onça troy sem ser ajustado pela inflação, foi registrado em agosto do ano passado, apenas algumas semanas depois de a agência de classificação Standard & Poor's rebaixar a nota de crédito dos EUA.


O declínio desde então tem dado dor de cabeça a muitos investidores otimistas do ouro. Mas vários estão mantendo suas posições na expectativa de que o metal terá uma recuperação significativa em breve.


"Não ficaria surpreso de ver um novo recorde este ano", diz Eric Sprott, diretor de investimentos da Sprott Asset Management, do Canadá. A gestora de recursos tem vários fundos que oferecem exposições ao ouro, incluindo o Offshore Fund Limited, que aposta em ações de mineradoras, entre outras coisas. Essa exposição não tem ajudado o fundo, que já perdeu 26% do valor este ano até julho.


Gestores de fundos famosos, entre eles Paulson e Soros, também aumentaram seus investimentos em ouro, de acordo com documentos apresentados às autoridades de mercado. A empresa de Paulson, a Paulson & Co., tinha 98 milhões de ações de várias mineradoras de ouro em 30 de junho, um aumento de 3,5% em comparação ao fim do primeiro trimestre, segundo os documentos. As ações valiam US$ 1,9 bilhão em 30 de junho, segundo os documentos.


A Paulson & Co. tinha em 30 de junho 21,8 milhões de ações do SPDR Gold, um ETF, ou fundo negociado em bolsa, lastreado por ouro. Isso era 4,5 milhões de ações a mais do que em 31 de março, de acordo com os documentos. O aumento nas participações em empresas de mineração e no ETF refletem o otimismo de Paulson em relação ao ouro, algo que ele vem sustentando desde 2009, de acordo com uma pessoa próxima do fundo.


A Soros Fund Management LLC mais que dobrou sua participação em ações no SPDR no mesmo período, passando a deter ações que equivalem a um total de US$ 137,3 milhões em 30 de junho, de acordo com um documento separado. Os documentos não indicam por quanto tempo a empresa detinha as ações ou se as apostas mudaram desde então. Um porta-voz se recusou a comentar.


Alguns analistas não estão tão otimistas. O Credit Suisse rebaixou recentemente sua projeção de preços do ouro para 2012 em 5%, para US$ 1.680, por causa da fraca demanda por ouro físico na Índia e no Sudeste Asiático. A demanda da Índia e da China enfraqueceu nos últimos meses, de acordo com o World Gold Council, um grupo da indústria de mineração de ouro. O Morgan Stanley também reduziu suas previsões recentemente.


Outros analistas estão se mantendo firmes em suas previsões de alta do ouro. No fim de março, quando o metal titubeava, o Goldman Sachs Group Inc. reiterou uma previsão anterior de que os preços chegariam a US$ 1.785 em três meses. O ouro não cumpriu essa expectativa, mas o banco não mudou sua previsão.


"Nossa visão é de que o ouro ainda está subvalorizado", disse David Greely, estrategista-chefe de commodities do Goldman.
Fonte:Valor Econômico

sábado, 25 de agosto de 2012

Bahia debate novo marco regulatório da mineração

Associação Baiana de GeólogosABG promove no próximo dia 24 de agosto, das 14h às 18h a Mesa-Redonda "O novo marco regulatório da mineração no Brasil: óbices e desafios".

Farão parte da mesa Carlos Nogueira da Costa Júnior, secretário adjunto da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, do Ministério de Minas e Energia; e Elmer Prata Salomão, da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral. O debate será mediado por Argemiro de Paula Garcia Filho, presidente da ABG.

O evento se realizará no auditório do Museu Geológico da Bahia, na avenida Sete de Setembro nº 2195, Corredor da Vitória, Salvador.O objetivo da ABG é informar a população, em especial a comunidade mineradora, a respeito das regras do novo marco regulatório do setor, que ainda será enviado ao Congresso Nacional.
Serviço

Mesa-redonda: O novo marco regulatório da mineração no Brasil: óbices e desafios
Data: 24 de agosto de 2012
Hora: 14h às 18h
Local: Museu Geológico da Bahia - Av. Sete de Setembro nº 2195 - Corredor da Vitória, Salvador

Cientista brasileira faz viagem virtual ao centro da Terra


Análises científicas mais modernas têm feito avançar a imagem que se tem de como seria o centro da Terra. [Imagem: Revista Pesquisa Fapesp]



Minerais profundos

Chegar à Lua, a quase 400 mil quilômetros de distância, ou enviar um robô a Marte pode parecer mais fácil do que conhecer a composição e o funcionamento do interior da Terra, uma esfera quase perfeita com 12 mil quilômetros (km) de diâmetro.

Os furos de sondagem chegaram a apenas 12 km de profundidade, mal vencendo a crosta, a camada mais superficial.

Como não podem examinar diretamente o interior do planeta, os cientistas estão se valendo de simulações em computador para entender como se forma e se transforma a massa sólida de minerais das camadas mais profundas do interior do planeta quando submetida a pressões e temperaturas centenas de vezes mais altas que as da superfície.

Como resultado, estão identificando minerais que se formam milhares de quilômetros abaixo da superfície e reconhecendo a possibilidade de existir um volume de água superior a um oceano disperso na espessa massa de rochas sob nossos pés.

Viagem virtual ao centro da Terra

A física brasileira Renata Wentzcovitch, pesquisadora da Universidade de Minnesota, Estados Unidos, é responsável por descobertas fundamentais sobre o interior do planeta empregando, justamente, técnicas matemáticas e computacionais, que ela desenvolve desde 1990.


A perovskita transforma-se em pós-perovskita no interior da Terra, eventualmente decompondo-se em óxidos simples próximo ao núcleo de planetas gigantes, como Saturno ou Júpiter. [Imagem: Revista Pesquisa Fapesp]

Em 1993, ela elucidou a estrutura atômica da perovskita a altas pressões; a perovskita é o mineral mais abundante no manto inferior, a camada mais ampla do interior do planeta, com uma espessura de 2.200 km, bem menos conhecida que as camadas mais externas.

Em 2004 Renata e sua equipe identificaram a pós-perovskita, mineral que resulta da transformação da perovskita submetida a pressões e temperaturas centenas de vezes mais altas que as da superfície, como nas regiões mais profundas do manto.

Os resultados ajudaram a explicar as velocidades das ondas sísmicas, geradas pelos terremotos, que variam de acordo com as propriedades dos materiais que atravessam e representam um dos meios mais utilizados para entender a composição do interior da Terra.

Agora novos estudos da pesquisadora indicaram que a pós-perovskita tende a se dissociar em óxidos elementares, como óxido de magnésio e óxido de silício, à medida que a pressão e a temperatura aumentam ainda mais, como no interior dos planetas gigantes, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

"Estamos com a faca e o queijo na mão para descobrir a constituição e as diferenças de composição do interior de planetas", diz.

Zona de transição

Por meio de trabalhos como os de Renata e seu grupo agora se começa a ver melhor como os minerais do interior da Terra tendem a perder elasticidade e se tornarem mais densos quando submetidos a alta pressão e temperatura, que aumentam com a profundidade.

Em razão do aumento da pressão é que se acredita que a densidade do centro da Terra - formado por uma massa sólida de ferro a temperatura próxima a 6.000 graus Celsius (ºC) - seja de quase 13 gramas por centímetro cúbico, quatro vezes maior que a da superfície, indicando que em um mesmo volume cabem quatro vezes mais átomos.

Segundo Renata, as técnicas que desenvolveu podem prever o comportamento de estruturas cristalinas complexas, formadas por mais de 150 átomos. "Ao longo do manto terrestre, as estruturas cristalinas dos minerais são diferentes, mas a composição química das camadas do interior da Terra parece ser uniforme."

Sem direito à ficção e apegados a métodos rigorosos, como a análise dos resultados de cálculos teóricos, de experimentos em laboratório, de levantamentos geológicos e da velocidade das ondas sísmicas, físicos, geofísicos, geólogos e geoquímicos estão abrindo o planeta e ampliando o conhecimento sobre as regiões de massa rochosa compacta abaixo do limite de 600 km, que marca uma região mais densa do manto, a chamada zona de transição, a partir da qual se conhecia muito pouco.

A sonda espacial GOCE permitiu recentemente traçar o geóide, como é conhecido o formato da Terra. Os resultados abrem caminho para novos entendimentos da dinâmica e da composição das camadas internas do planeta. [Imagem: ESA/HPF/DLR]

Terremotos e jazidas minerais

Os especialistas acreditam que seus estudos permitirão entender melhor - e talvez um dia prever - os terremotos e os tsunamis, além de identificar jazidas minerais mais facilmente do que hoje, se conseguirem detalhar a composição e os fenômenos das regiões inacessíveis do interior do planeta.

Mesmo das camadas mais externas estão emergindo novidades, que desfazem a antiga imagem do interior do planeta como uma sequência de camadas regulares como as de uma cebola.

Em 2003, por meio de levantamentos mundiais detalhados, pesquisadores dos Estados Unidos começaram a ver irregularidades da crosta, cuja espessura varia de 20 a 68 km, deixando as regiões mais finas mais sujeitas a terremotos e, as mais espessas, a colapsos.

Muitos estudos em andamento se concentram no manto, uma espessa camada sólida, levemente flexível, que se deforma muito lentamente, como o piche.

Furos na Terra

A não ser nas raras ocasiões em que o magma emerge por meio dos vulcões, trazendo material do manto, os estudos são feitos de modo indireto, por meio do monitoramento da velocidade das ondas sísmicas, e é difícil saber diretamente o que se passa no manto.

Os japoneses querem ir além do recorde de 12 km já perfurados e chegar ao manto usando um navio com uma sonda semelhante à de um petroleiro. 

A missão não será simples: os materiais das brocas a serem usadas para perfurar a crosta e chegar ao manto devem resistir a pressões 2 mil vezes maior que a da superfície e temperaturas próximas a 900ºC, uma tarefa similar ao plano de extrair petróleo da camada de pré-sal do litoral paulista.
Fonte: Agência Fapesp

sexta-feira, 24 de agosto de 2012


 Currais Novos novamente na mira dos investidores


Os projetos voltados para a mineração continuam acontecendo no Rio Grande do Norte. Após o investimento anunciado pela Crusader na exploração do ouro no município de Currais Novos, no Seridó potiguar, a empresa Mineração Currais Novos assina hoje (24) um protocolo de intenções para ampliar a operação da unidade de processamento de minério de scheelita que ocorre desde agosto do ano passado, quando foi iniciada a primeira etapa de funcionamento da usina.


O investimento projetado para a segunda e primeira etapa é de R$ 25 milhões. A capacidade de produção é estimada em 770 toneladas por ano, cerca de 65 toneladas por mês. De acordo com o coordenador de Desenvolvimento de Recursos Minerais da Secretaria do Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Fábio Rodamilans Silva, o destino do produto são os Estados Unidos. "A aplicação da scheelita, que é um tipo de tungstênio, tem diversas utilidades. Desde o uso como filamento para lâminas até ferramentas de metal", ressalta.


"Na fase inicial foi feita implantação, teste de plantas e produção. Agora vão partir para a ampliação e estabilização", detalha Rodamilans. A expectativa dos investidores é de um faturamento anual estimado na ordem de R$ 26 milhões quando a produção estiver estabilizada. A viabilização da segunda etapa do projeto vai produzir em torno de 50 empregos diretos e outros 300 indiretos.


O interesse pelas áreas de scheelita do RN voltou depois que a China, grande exportadora do produto, fechou a porta para o fornecimento ao mercado internacional. Desde então, segundo Fábio Rodamilans, os investidores passaram a buscar regiões potenciais do estado. "O preço do metal subiu e alguns projetos que eram inviáveis passaram a ser viáveis", explica o coordenador de Recursos Minerais da Sedec.


Investimentos


Nas contas do governo, estão previstos para os próximos três anos cerca de R$ 2 bilhões em investimentos no setor mineral. Em Currais Novos, além da Mineração Currais Novos ganhou destaque a chegada da Crusader ao mercadodo ouro. O grupo anunciou um investimento de R$ 400 milhões na construção de uma unidade de beneficiamento de ouro na cidade. A previsão de capacidade de produção, segundo informações do jornal Valor Econômico, é de 5 toneladas do metal (150 mil onças) por ano durante o período de dez anos.


O coordenador de Recursos Minerais da Sedec cita ainda a fábrica de cimento da Mizu, que aportou em Baraúna e pretende ampliar os investimentos até 2015. Outra operação conhecida é a exportação de minério de ferro da Susa Mineração, que vem explorando minério de ferro no município de Cruzeta. Em Parelhas, a Casa Grande Mineração (CGM) fixou terreno para trabalhar com feldspato, além de outros produtos e subprodutos extraídos do solo potiguar.


Fonte:Diário de Natal

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Yamana anuncia mais resultados de perfurações em projeto goiano



Nesta quarta-feira, a Yamana Gold anunciou mais resultados de seu programa de exploração na mineralização Corpo Sul do projeto Chapada, em Goiás, uma de suas maiores operações. A empresa já concluiu 20 mil metros de perfurações, de um total de 27 mil previstos no programa; os melhores resultados desta bateria foram: o furo CS-73, com uma intersecção de 82,82 metros a 0,36 g/t de ouro e 0,4% de cobre; o furo CS-100, que retornou 144,15 metros a 0,35 g/t de ouro e 0,4% de cobre; e o furo CS-110, com 144 metros a uma média de 0,44 g/t de ouro e 0,34% de cobre.


Em nota divulgada à imprensa, a Yamana declarou que os resultados “confirmam a expansão da zona mineralizada e continuam o sucesso exploratório de Chapada”, e que fará um estudo de pré-viabilidade para definir o papel de duas mineralizações, Suruca e a referida Corpo Sul, no desenvolvimento do projeto. Chapada deve retornar 150 mil onças de ouro e cerca de 60 mil toneladas de cobre por ano a partir de 2014.

Fonte: O Geólogo
Nós somos mineração

Um vídeo sobre a mineração sustentável e a sua influência no mundo moderno

Fonte:  Evandro Sousa/ Engenharia News

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A Empresa dos sonhos dos jovens pela sexta vez



“Qual é a empresa dos seus sonhos e que motivos o levaram a escolhê-la?” foi a pergunta feita a mais de 46 mil jovens, entre 17 e 26 anos, universitários e recém-formados de todo o Brasil.

A Petrobras foi eleita a “empresa dos sonhos dos jovens”, segundo pesquisa realizada entre fevereiro e maio deste ano pela Cia de Talentos, consultoria em Recursos Humanos com atuação em toda a América Latina, em parceria com a empresa de pesquisa Nextview People. A Companhia encabeçou a lista pela primeira vez em 2005. Este ano, foi destaque entre os jovens por oferecer salários e benefícios diferenciados, além de proporcionar desenvolvimento profissional.

“Qual é a empresa dos seus sonhos e que motivos o levaram a escolhê-la?” foi a pergunta feita a mais de 46 mil jovens, entre 17 e 26 anos, universitários e recém-formados de todo o Brasil.

O gerente executivo de Recursos Humanos da Petrobras, Diego Hernandes, representou a Companhia na cerimônia de premiação que foi realizada na última segunda-feira (20/08), no Teatro Alfa, em São Paulo. O executivo dedicou o prêmio à equipe de Recursos Humanos e a todos os trabalhadores da empresa. “Acredito que a Petrobras tem dois grandes atributos que atraem os jovens: os desafios, por ser uma empresa de sucesso e oferecer um leque de oportunidades, e um conjunto de políticas de recursos humanos que valorizam seus trabalhadores.”

Veja o ranking das 10 empresas dos sonhos dos jovens:

1. Petrobras 
2. Google 
3. Vale 
4. Itaú 
5. Nestlé 
6. Unilever
7. Odebrecht 
8. Natura 
9. Ambev 
10. Rede Globo
Fonte: Engenharia News

Empresa canadense irá desenvolver pesquisas minerais no Amazonas
Pesquisas serão desenvolvidas em área de 1,4 milhão de hectares. Reservas de potássio devem atender 60% das demandas, diz secretário.


O titular da Secretaria de Estado de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos (SEMGRH) recebeu em audiência, realizada nesta terça-feira (21), executivos e técnicos de um grupo empresarial canadense, que por intermédio da filial brasileira, Potássio Ocidental, detém uma concessão para desenvolver pesquisas minerais, em uma área de 1,4 milhão de hectares, compreendendo uma extensão que irá do município de Itacoatiara à Parintins.

 
Empresa Western Potash possui concessão para explorar potássio no interior do Amazonas

De acordo com Daniel Nava, a Western Potash pretende iniciar de imediato pesquisas no Amazonas que serão conduzidas pela instituição Pacific Potash, especializada em prospecções no Canadá e na Rússia. Ainda segundo o secretário, a meta inicial da Potássio Ocidental é captar US$ 25 milhões junto a investidores nacionais e internacionais. “A vinda deles à Manaus também tem por objetivo captar grupos de investidores amazonenses interessados na atividade de exploração de potássio no Estado”, revelou.

O gerente da empresa Potássio Ocidental, Luís Carlos Ferreira da Silva, garantiu ao secretário que a empresa está bastante entusiasmada com o projeto de exploração de potássio na bacia amazônica. “Levando em conta nossa experiência em outros países, enxergamos um grande potencial neste projeto”, afirmou.

Para Daniel Nava, os resultados já alcançados no município de Autazes, a 113km de Manaus, e a chegada de novos empreendedores canadenses, irão permitir ao Amazonas consolidar sua política de atração de investimentos para agrominerais, tendo em vista o apelo do programa Amazonas Rural, recentemente lançado pelo Governo do Estado.

O titular da SEMGRH lembra que o potássio, extraído do minério silvinita, em conjunto com o fósforo e nitrogênio formam o NPK, importante fertilizante utilizado na produção de alimentos. Ainda de acordo com ele, as reservas de potássio do Amazonas serão suficientes para atender cerca de 60% das demandas brasileiras nos próximos dez anos
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Fonte: G1

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Corrida do ouro no fundo do mar




Depois da recuperação de tesouros perdidos em navios afundados, como o Titanic, descobertas de depósitos rochosos ricos em minerais valiosos têm levado empresas a se dedicar à exploração submarina


Tom Dettweiler ganha a vida quilômetros abaixo da superfície. Ele ajudou a encontrar o transatlântico Titanic. Depois disso, suas equipes localizaram um submarino perdido cheio de ouro. No total, ele lançou luz sobre dezenas de navios desaparecidos. Agora, Dettweiler deixou de recuperar tesouros perdidos para se dedicar à prospecção de tesouros naturais que cobrem o fundo do mar: depósitos rochosos ricos em ouro e prata, cobre e cobalto, chumbo e zinco.


Essas descobertas estão alimentando uma corrida do ouro, com nações, empresas e empresários se apressando para reivindicar direitos sobre as áreas ricas em sulfureto presentes nas nascentes vulcânicas das geladas profundezas marinhas. Os exploradores – motivados pela diminuição dos recursos continentais e pelos valores recordes do ouro e outros metais – estão ocupados adquirindo amostras e aferindo depósitos no valor de trilhões de dólares.


– Nossa conquista foi enorme – disse Dettweiler, em recente entrevista sobre iniciativas de exploração de águas profundas de sua empresa, a Odyssey Marine Exploration, de Tampa, Flórida.


Os céticos costumavam comparar o garimpo submarino à busca por riquezas na Lua. Não comparam mais. Os avanços da geologia marinha, as previsões de escassez de metal nas próximas décadas e a melhoria do acesso ao fundo do mar estão se combinando para torná-lo real. Ambientalistas têm expressado preocupação, dizendo que as pesquisas já realizadas sobre os riscos da mineração nos fundos marinhos são insuficientes. A indústria tem respondido por meio de estudos, garantias e conferências entusiasmadas.


Os avanços tecnológicos na área se concentram em robôs, sensores e outros equipamentos, alguns derivados da indústria de extração de petróleo e gás natural no fundo do mar. Os navios fazem descer equipamentos para exploração em longas correntes e conduzem ao fundo do mar brocas afiadas que perfuram o leito rochoso. Todo esse maquinário submarino aumenta a possibilidade de encontrar, mapear e recuperar riquezas do fundo do mar.


Potências industriais – inclusive grupos apoiados por governos de China, Japão e Coreia do Sul – estão em busca de sulfetos nos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico. E empresas privadas, como a Odyssey, realizaram centenas de avaliações das profundezas e reivindicaram propriedade sobre sítios em zonas vulcânicas em torno de nações insulares do Pacífico: Fiji, Tonga, Vanuatu, Nova Zelândia, Ilhas Salomão e Papua Nova Guiné.

Zero Hora

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Terras-raras fazem Araxá (MG) ser cobiçada por mineradoras
 
 
 
 
 
 
A extração do nióbio, metal que dá mais resistência ao aço, é um dos destaques da economia de Araxá
 
O município de Araxá (MG), com 94,7 mil habitantes, virou o queridinho de gigantes do setor de mineração do Brasil, como Vale e CBMM, e da canadense Mbac, que começaram a ver possibilidades de novos lucros na cidade.

O motivo vem da China, que concentra 97% da produção de terras-raras do mundo e, em 2010, passou a restringir suas vendas.

Terras-raras são elementos químicos essenciais na fabricação de eletrônicos de alta tecnologia, como tablets, smartphones e telas de LCD.

Jazida da Vale em Tapira, cidade da região de Araxá, que atrai gigantes do setor de mineração


Os minerais existem em Araxá e agora são foco de investimentos, afirmou o especialista em recursos minerais Romualdo Paes de Andrade, geólogo do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), do Ministério de Minas e Energia.

Embora as reservas de Araxá ainda não tenham sido oficialmente medidas, a atividade é promissora, diz Andrade, pois o nióbio e o fosfato, de onde são extraídas, são abundantes na região.

A mineração já é o principal motor da economia local, que movimenta R$ 3 bilhões ao ano só da iniciativa privada, conforme a prefeitura.

O PIB araxaense em 2009 (último medido) foi de R$ 1,98 bilhão, 258,6% superior ao de uma década atrás, quando era de R$ 552 milhões.

A extração do nióbio, metal que dá mais resistência ao aço, é um dos destaques da economia local. As maiores reservas mundiais estão em Araxá e são exploradas pela CBMM, com cerca de 65 mil toneladas por ano (90% da produção global).

DIFERENCIAL DO NIÓBIO

A companhia afirma que encontrou a solução para obter as terras-raras do nióbio.

Em uma fábrica-piloto com capacidade para 1.200 toneladas/ano, produz concentrados de terras-raras e pode elevar a produção para 3.000 toneladas "sem grande esforço", afirmou em nota.

É pouco diante das 120 mil toneladas/ano de produção mundial. Mas já seria um salto consideradas as 239 toneladas produzidas pelo Brasil em 2011, segundo o DNPM.

A companhia confirma que o diferencial, em Araxá, é a possibilidade de obter as terras-raras dos resíduos.

A empresa investiu R$ 50 milhões na nova tecnologia. Outros R$ 12,5 milhões foram do governo de Minas, que tem participação de 25% nos lucros da CBMM.

A Vale não dá detalhes dos estudos para a extração das terras-raras, que se encontram em suas minas de fosfato em Araxá e na vizinha Tapira, de 4.200 habitantes.

Já a Mbac, segundo a Prefeitura de Araxá, vai investir R$ 280 milhões numa unidade. À Folha a empresa não revelou valores, mas confirmou que prepara a construção de uma planta-piloto em Araxá e que estudos feitos por ela mostram que as terras-raras são viáveis no município.

BENEFÍCIOS A LONGO PRAZO

Embora gigantes da mineração já vislumbrem possibilidades de ampliar seus lucros com a atividade em Araxá, alguns setores da cidade ainda são cautelosos sobre as terras-raras.

A situação lembra, em parte, a desconfiança que rodeava o pré-sal, antes de serem confirmadas sua existência e viabilidade.

O presidente da Acia (Associação Comercial, Industrial, de Turismo, Serviços e Agronegócios de Araxá), Marcio Antonio Farid, reconhece a importância da mineração para o desenvolvimento do município, mas diz que os benefícios à cidade ainda devem demorar.

Para ele, o clima de otimismo está no fato de as mineradoras já estarem trabalhando na cidade. "Mas, no caso das terras-raras, acho que os benefícios devem aparecer mais a longo prazo, e não tão imediatamente."

O corretor de imóveis Danilo de Souza afirma que o setor imobiliário já se beneficia da atividade mineradora.

"[As mineradoras] geram uma massa salarial expressiva, o que é bom para o setor imobiliário", disse.

Souza disse acreditar, porém, que é preciso esperar se consolidar o plano de novas empresas na cidade. O PIB per capita em Araxá, conforme medição do IBGE, é de R$ 21,3 mil. Já é mais do que em BH -R$ 18,1 mil.

CENTRO INTERNACIONAL DE PESQUISA

A importância das terras-raras também já foi percebida pelo poder público. O governo diz estimular novos projetos e incluiu o tema no Plano Nacional de Mineração, que trata de questões estratégicas do setor.

Para o subsecretário de Política Mineral e Energética do Estado de Minas, Paulo Sérgio Machado Ribeiro, a exploração dos minerais de Araxá ajudará o país a reduzir as importações da China.

Hoje, o Brasil enfrenta dificuldades, por exemplo, para comprar o lantânio, que é um elemento utilizado nos catalisadores para refino de petróleo da Petrobras.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, as empresas que detêm o direito de explorar ambientes geológicos favoráveis -como ocorre em Araxá- são estimuladas a desenvolver pesquisas ou a extração mineral propriamente dita, de acordo com a pasta.

O Serviço Geológico do Brasil, empresa pública vinculada ao ministério, iniciou levantamento em todo território nacional para identificar as áreas potenciais para a ocorrência de terras-raras.
Além de Araxá, sabe-se que em Catalão (GO) também existem jazidas importantes.

Por enquanto, segundo o DNPM, foram oficialmente dimensionadas apenas reservas nas regiões de Poços de Caldas e Vale do Sapucaí, ambas em Minas, e no norte do Estado do Rio de Janeiro, mas nesses lugares o volume de terras-raras é bem pequeno.

A Prefeitura de Araxá iniciou uma série de tratativas para atrair instituições internacionais de pesquisa. Foram programados R$ 40 milhões na construção de um parque tecnológico para incubadoras de empresas e universidades estrangeiras.

Protocolos de intenção chegaram a ser assinados, segundo Alex Ribeiro, assessor especial para assuntos internacionais da prefeitura. O projeto, no entanto, só será continuado após as eleições de outubro. 
 
Para ver galeria de imagens de jazida em Araxá clique AQUI
 
Fonte: Folha 
Dianteira do minério



Segmento em que mais se investe em decorrência, sobretudo, do apetite chinês pelo minério de ferro, do crescimento dos países integrantes do bloco do Brics e da demanda por investimentos em infraestrutura e grandes projetos ligados ao Mundial de 2014, a mineração tende a ser o carro-chefe da economia pelos próximos anos.

Isso é o que indica estudo de consultoria especializada, o que é muito bom para o Brasil, especialmente para Minas, que tem na exploração mineral uma de suas principais fontes de geração de emprego e renda. Daí a batalha que o Estado vem travando para ver aprovada a legislação dos royalties de forma a distribuir melhor essa riqueza.

Para que se tenha uma ideia da força desse setor, basta dizer que apenas de janeiro a julho último foram firmados, na esfera do governo estadual, mais cinco protocolos, que preveem investimentos de R$ 1,316 bilhão em projetos que deverão gerar 980 empregos diretos e 2.920 indiretos.

Além disso, no encerramento, ontem, da 11ª edição da Equipo Mining, a expectativa era de um giro de R$ 400 milhões em novos negócios, segundo previsão do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que reclamou da falta de incentivo oficial ao evento, que reuniu empresas de alta tecnologia e prestadores de serviços.

Esses são números grandiosos em cenário de retração global. Caso os projetos venham a se juntar a outros em fase de implantação, como é o caso da nova fronteira mineral do Norte de Minas, por certo irão inflar substancialmente o desenvolvimento.

Essas observações servem para confirmar a intensa movimentação no setor. A mineração fechou o último semestre com dez operações de fusões e aquisições, conforme pesquisa, em forte recuperação em relação aos três primeiros meses do ano, passando de três para sete negócios concretizados. Os investidores estrangeiros continuam acreditando no país; aliás não há razão aparente para se pensar e dizer o contrário.

Fonte: O Tempo

domingo, 19 de agosto de 2012

Projetos anunciados chegam a US$ 75 bilhões

Levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) com as mineradoras brasileiras é para o período para o período 2012-2016.

A indústria da mineração será responsável pelo maior investimento do setor privado no País no período 2012 - 2016, com aportes de US$ 75 bilhões. É o que revela o novo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) junto às mineradoras que atuam no Brasil. Este é mais um recorde de recursos privados destinados ao setor, superando a cifra anterior que era de US$ 68,5 bilhões para o período 2011 - 2015.

O anúncio foi feito pelo diretor-presidente do Ibram, engenheiro José Fernando Coura, na abertura do 2º Congresso Internacional de Direito Minerário, realizado em Salvador, Bahia.

O maior interesse por projetos minerais reflete o cenário de demanda aquecida e preços elevados, impulsionado pelo crescimento mundial, especialmente dos países emergentes.

Um exemplo do atual nível de procura pelos insumos minerais, principalmente pela China, é o aumento da produção brasileira de minério de ferro. Em 2011, foram produzidas cerca de 467 milhões t, quantidade 25% maior do que a registrada em 2010.

Os bons resultados também podem ser observados em outros minerais. A produção de ouro aumentou 13% e atingiu 66 t. Para este ano, a expectativa é que atinja 70 t. O nióbio passou de 80 milhões t para 90 milhões t.

Este panorama contribui para que o setor continue apresentado bons resultados ao País. A Produção Mineral Brasileira (PMB) também bateu um novo recorde, atingindo US$ 50 bilhões em 2011. A PMB dobrou entre 2009 e 2011, representando 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB). O saldo comercial da mineração foi de US$ 38,4 bilhões ou cerca de 30% superior ao saldo total da balança comercial brasileira. As exportações de minério de ferro representaram cerca de 81% das exportações de minérios em 2011.
A perspectiva do Ibram é de manutenção da tendência de crescimento. De acordo com o Instituto, espera-se que haja um aumento do valor da PMB de 10% neste ano.

Pedras preciosas do espaço






Palasitas são meteoritos com uma mescla de metal e silicatos. Portanto, sua densidade é maior que a das rochas comuns. O aspecto de sua superfície muda com o tempo, causado pelas distintas velocidades de alteração de seus componentes. Recolhida após pouco tempo de sua caída, a crosta de fusão é de aspecto suave e coloração negra ou marrom, como nos meteoritos metálicos ou dos condritos. 
 
Os mais velhos, ao contrário, tem uma superfície irregularmente manchada, com zonas de apecto oxidado, de cores alaranjadas ou amareladas. Ao serem cortados com uma serra são inconfundíveis. Em seu interior aparecem grandes cristais de olivina, de cor verde, amarela ou marrom, rodeados por uma matriz metálica, prateada, brilhante.

Meteoritos palasitos são verdadeiras pedras preciosas do espaço e, com se
us cristais esverdeados entranhados na massa metálica, parecem magníficos vitrais vindos do cosmos. 
 
Luz do sol passando pelos cristais de olivina.
Um dos exemplares mais famosos dessa beleza cósmica é o meteorito palasito Fukang, Quando foi encontrado, havia pouco sinal da beleza que possui. Mas ao cortar o meteorito batizado de Fukang e ser aberto, ele apresentou uma bela surpresa. A rocha apresentou cristais translúcidos de olivina, envolvidos em uma liga metálica de ferro e níquel.

O raro meteorito pesava o mesmo que um carro popular quando foi descoberto em 2000, no deserto de Gobi, na província chinesa de Xinjiang. Desde então tem sido dividido em fatias que dão um belo efeito quando o sol brilha através dos cristais de olivina.

Fatia de 10Kg do Fukang

É tão valioso que mesmo pedaços pequenos são vendidos por cerca de 65-95 reais por grama. O Laboratório de Meteoritos do Sudoeste do Arizona, que detém cerca de 32 kg do meteorito, diz que a descoberta notável vai passar a ser "uma das maiores descobertas de meteoritos do século 21".





No video abaixo uma amostra de o meteorito  palasito exposto em um museu na Russia

 

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Desmoronamento de mina mata mais de 60 no Congo, diz governo

Pelo menos 60 mineiros foram mortos no desmoronamento de uma mina em uma parte remota no nordeste da República Democrática do Congo, onde a atuação de grupos armados complica os esforços de resgate, disseram autoridades do país nesta quinta-feira.

Os mineiros estavam escavando a área em busca de ouro em poços de até 100 metros de profundidade, na segunda-feira, quando ocorreu o acidente, na localidade de Mambasa, na Província Orientale, segundo o diretor provincial de Minas, Simon Pierre Bolombo.

Bolombo disse que o desmoronamento foi causado por um deslizamento de terra.

"Foi bem no fundo da floresta. Houve um deslizamento, pelo menos 60 pessoas morreram", disse Bolombo à Reuters por telefone, falando da cidade de Bunia, no nordeste do Congo.

O ministro das Minas do Congo, Martin Kabwelulu, afirmou à Reuters que os mineiros estavam trabalhando ilegalmente na área e os poços de escavação ficavam a uma profundidade maior do que o limite estabelecido em lei para mineração em pequena escala.
Anglo American vai reativar mina em Goiás




Em busca do melhor aproveitamento de seus ativos minerais e de uma redução nos custos operacionais, a mineradora Anglo American vai reabrir sua mina de níquel de Niquelândia, em Goiás. As operações começam em 2013 e vão alimentar a unidade industrial Codemin, na mesma cidade.


Ao Valor , o presidente do negócio níquel da Anglo American, Walter De Simoni, disse que a reativação da mina é parte da estratégia de otimização das reservas da empresa. Desde 2004, a unidade em Niquelândia passou a ser alimentada com o minério vindo da reserva em Barro Alto (GO), cujos teores são mais elevados. A Codemin - que consome 600 mil toneladas por ano de minério, para produzir ferroníquel (aplicado no aço inox) - foi utilizada para testes de metalurgia do minério de Barro Alto, antes do seu início.


"Agora, olhamos para as duas reservas [Niquelândia e Barro Alto] como um conjunto. Assim, conseguimos aumentar o tempo de vida das minas e cortar custos com a blendagem [mistura] adequada dos dois minérios", afirmou De Simoni. A mistura de minérios será processada somente na unidade de Niquelândia. A vida das duas minas era de 26 anos, mas, com a estratégia, a da Codemin, passa para 32 anos. Enquanto o teor do minério de Niquelândia é de 1,35% de níquel contido, o de Barro Alto é de 1,6%.


A reabertura da mina ocorre em conjunto com o processo de "ramp up" (crescimento) da produção na unidade de Barro Alto. No fim de 2011, a metalúrgica foi inaugurada e as projeções são de atingir o ritmo da capacidade instalada anual de 36 mil toneladas no primeiro trimestre de 2012. Barro Alto consumirá anualmente 2,4 milhões de toneladas de minério.


Outro projeto que poderá ampliar a capacidade de produção de níquel da empresa é o que envolve a reserva de níquel de Jacaré, no Pará. Essa área pode significar mais 40 mil toneladas por ano de ferroníquel e 40 mil toneladas de níquel metálico (utilizado na produção de ligas especiais de aço). A conclusão dos estudos de pré-viabilidade está prevista para novembro, quando o conselho definirá se a empresa continua os estudos. "As dificuldades da região envolvem falta e custo de infraestrutura - falta de ferrovias, portos e preço da energia", afirmou.


Segundo o executivo, a velocidade dos novos projetos também está relacionada com as condições de mercado. Do início do ano até agora, o preço do níquel já caiu 16%. No primeiro semestre, a produção da unidade de níquel da multinacional cresceu 80% (incluindo as operações da Venezuela), alcançando 22.100 toneladas.


Fonte: Clipping do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão